Saiba como equilibrar as despesas e manter a saúde do orçamento doméstico
"gastos superflúos, embora importantes para os filhos ou cônjuge, podem colocar em risco a sua saúde financeira"
Entra o salário e, antes do fim do mês - às vezes poucos dias depois, todo o rendimento já foi gasto. Essa é uma dor de cabeça vivida por muitos brasileiros. Tanto que o número de famílias endividadas cresceu 7,5% em 2013, ficando em 62,5%. Isso é sinal de que as finanças estão precisando de atenção. Nesses casos, a educação financeira é uma forma de aprender a gerenciar as finanças pessoais e da família.
“Sabemos o quanto é difícil quando o filho quer um videogame novo ou a filha pede aquela boneca que só falta faxinar à casa de tão incrível. Mas a verdade é que todos esses gastos, embora importantes para os filhos ou cônjuge, podem colocar em risco a sua saúde financeira”, diz o autor e consultor financeiro Emanuel Gonçalves da Silva, da SOS Dívidas.
Confira três questões que ajudam a administrar as finanças pessoais e contribuir para a organização financeira familiar:
Esse gasto é realmente necessário? É preciso, neste exato momento, comprar esse presente? Gastar nesse produto? Tomar esses chopes?
Mas é um gasto único para proveito duradouro? Para cada situação de lazer ou qualquer gasto que você sinta ser necessário para a sua qualidade de vida, pergunte o seguinte: “Esse gasto vai me render 1 minuto de proveito ou um mês?”. Investir, por exemplo, em um pacote de TV a cabo que proporcione vários canais de filmes para sua família pode valer mais a pena do que ir uma única vez a um cinema caro.
É um hábito barato? Hábitos baratinhos, como comprar esmaltes todo fim de semana na farmácia do bairro ou comer um petisquinho no bar da esquina, podem parecer gastos inofensivos e que não vão prejudicar muitos suas finanças, certo? No entanto, o que caracteriza um hábito é que ele é repetido várias vezes. Então, busque reduzir ou largar hábitos que exijam gastos, mesmo que sejam hábitos baratinhos.
Questionar ajuda a administrar as finanças
Fazer o exercício de se questionar toda vez que for pagar por alguma coisa, ajudar a perceber com que facilidade se está gastando o dinheiro do mês. “Ao examinar o que é realmente necessário e o que pode ser substituído por gastos melhores ou mais duradouros, a pessoa consegue equilibrar seus gastos em relação ao seu salário, diminuindo as chances de sobrar mês no fim do dinheiro”, explica Silva.
O consultor lembra que não existem fórmulas mágicas, que façam as dívidas serem quitadas da noite para o dia. Isso porque a educação financeira familiar auxilia as pessoas a administrar as finanças, redistribuindo seus gastos mensais para não passar necessidade financeira. Ou seja, é como qualquer outro tipo de educação: requer estudo, dedicação, prática para, só depois, sentir os resultados na hora de administrar as finanças.
“Dedicar-se à educação financeira familiar permite que você saiba quais despesas estão pesando mais do que deviam no seu bolso, o que pode ser cortado, o que é realmente essencial e como equilibrar tudo isso e pagar o mínimo possível no momento em que o salário bater na sua conta”, explica o consultor. “Então, vale dedicar seu tempo livre a estudar e aprender sobre isso!”, completa.
FONTE: administradores
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