A tradicional abordagem sobre os conflitos entre
as áreas de Marketing e Engenharia, persiste ainda nestes tempos em que o foco
na integração nas decisões empresariais, parece já consolidado, resolvido.
Tudo o que se discute na academia e em sala de
aula pode parecer óbvio, mas não tão evidente assim na prática das empresas.
Seria o caso de então reforçar indagações de que
na prática a teoria não se aplica ? ... ou, o que se discute na academia não se
aplica na realidade empresarial ?
Alerto aos que me ouvem nestas discussões, quanto
ao cuidado que se deve ter com tais afirmações. Na realidade elas não comprovam
a distância entre teoria e prática; advogá-las pode ser temeroso.
Pode parecer inabilidade não no conhecimento
conceitual, mas na falha de aplicação de teorias a situações práticas – então,
é uma questão de método, falha no reconhecimento de uma situação real e ajustar
a teoria para a sua solução. Um equívoco no reconhecimento de objetivos
específicos de áreas, que se divergem no foco da gestão integrada para o
sucesso de um negócio.
Insistir no argumento de distância entre teoria e
prática pode sugerir falta de domínio dos métodos de interferência para solução
de problemas, e inabilidade de focar no resultado, como integração de diversas
áreas decisórias.
Parece muito oportuno o texto indicado a seguir,
que trata da discutida problemática entre as funções de Marketing e Produção.
Talvez o problema não seja destas áreas mas na forma de gerir com visão integrada.
A autora, Denise Ávila de Melo, posiciona muito
bem a questão. Seguem o resumo e link para
os interessados em saber um pouco mais sobre esta discussão.
“É comum se encontrar em uma empresa industrial,
divisões e/ou departamentos com funções bastante específicas o que muitas vezes
resulta em conflitos. Neste trabalho, será discutida a importância de haver uma
boa integração entre duas das mais importantes funções de uma empresa
industrial, quais sejam: marketing e produção. Também serão discutidas as
principais áreas de conflito entre estas duas funções e as causas de tais
conflitos. Pretende-se acima de tudo salientar que as razões dos conflitos,
apesar de complexas, podem ser entendidas, e mais ainda, que os mesmos podem
ser atenuados, como por exemplo, por meio de programas de fomento á cooperação
entre as funções.”
Acesse o artigo: http://www.revistaproducao.net/arquivos/websites/32/v05n1a05.pdf
Enga. Profa. Olga Regina Cardoso, Dra.
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
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