terça-feira, dezembro 2

O Marketing e o Antônimo de Fragmentação


O Marketing e o Antônimo de Fragmentação (Creative Commons)
O mundo do Marketing está em um período de grandes transformações e reflexões. Muita gente tem parado para se questionar a respeito do seu papel. O objetivo da reflexão é sair fortalecido e conseguir fazer a diferença nesse cenário.
Mas como fazer a diferença diante de tanta novidade? 
No ABA Summit "Marketing para Transformar", evento que reuniu anunciantes e agências em São Paulo no mês passado, o destaque ficou para a importância do profissional do Marketing no DNA das organizações, na construção de marcas fortes e na possibilidade de transformar uma sociedade. Essa reflexão vem depois de anos de fragmentação dessa área nas mais variadas disciplinas como trademarketing, endomarketing, consumer insight, etc. "Eu sinto falta de uma geração de profissionais mais completa. O marketing ao longo do tempo sofreu com a fragmentação que foi criada pelas empresas", disse Guilherme Loureiro, presidente do Walmart.
A consequência dessa fragmentação é sentida em algumas marcas, que estão sem identidade e com presença relâmpago nas prateleiras ou na cabeça das pessoas.
Em uma das palestras do encontro, Mauricio Kato, CEO da Havas, apresentou um estudo que mostra que se 76%  das marcas desaparecem hoje, ninguém perceberia, elas não fariam falta alguma.  O percentual é assustador, não é nada agradável saber que podemos estar trabalhando com marcas que podem simplesmente desaparecer. 
Mas esse número pode ser também o grande motivador para a transformação. É hora de focar em uma maior integração das estratégias em busca de uma marca preparada para encarar tanta indiferença. "As empresas que acreditaram nessa fragmentação do marketing voltarão a gerenciar pelo ponto de vista da marca" comentou Gino di Domenico, Presidente da Brasil Kirin. 
Com o departamento fragmentado, a tomada de decisão fica fragmentada e quando isso acontece, a visão do curto prazo prevalece e a do longo prazo ficará prejudicada.
Olhando pelo lado da agência, um cliente fragmentado gera uma agência subutilizada, reativa ao sabor do próximo trimestre.
Felizmente, alguns anunciantes  ainda enxergam na agência o parceiro com vontade de trabalhar na construção de uma marca capaz de fazer pessoas se importarem com a sua  mensagem e valorizam o investimento em conhecimento do mercado e do comportamento do consumidor. 
"Pense na próxima década, e o desempenho do próximo trimestre não será um problema" escreveu Joey Reiman no livro Propósito. 



FONTE: Adnews

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