segunda-feira, dezembro 16

7 tendências de consumo para aplicar em 2014

Conheça o videogame com sensores de estresse que ajuda jogadores a relaxar, serviços gratuitos sem coleta excessiva de dados e a ecologia inteligente

Divulgação
Mico, fone de ouvido que escolhe músicas de acordo com seu humor
Bem-estar tech: Mico, fone de ouvido que escolhe músicas de acordo com seu humor
Não importa o mercado ou o setor em que você atue, se a sua obsessão for atender a necessidades, desejos e expectativas sempre em evolução dos consumidores, você irá prosperar até no meio dos distúrbios globais mais malucos, sejam quais forem eles. Isso vale para 2014, 2015, 2016 e todos os anos seguintes.
Mas, como o começo do ano é o momento em que muitos estão fazendo um esforço extra para imaginar, planejar e criar, apresentamos um punhado de tendências de consumo que estão implorando para serem aplicadas nos próximos 12 meses.
1. STATUS SEM CULPA
Um número crescente de consumidores já não pode mais fugir da consciência dos danos causados por seu consumo: ao planeta, à sociedade, ou a si mesmos. Mas uma mistura de indulgência, vício e condicionamento significa que a maior parte das pessoas ainda não é capaz de mudar substancialmente seus hábitos de consumo. O resultado? Uma espiral de culpa sem fim.

E isso cria oportunidades emocionantes para marcas que combinem o enfrentamento à esta espiral de culpa com a busca infinita por status por parte dos consumidores (busca essa que continua sendo a maior força motora por trás de todos os comportamentos de consumo).   De fato, a busca por produtos livres de culpa vai ser o máximo da indulgência em 2014. É hora de criar produtos e serviços que forneçam uma dose disso, da seguinte forma:

Identificação imediata. Produtos livres de culpa emblemáticos e bem conhecidos como o Tesla Model Svão agir como sinais de alta sustentabilidade instantaneamente identificáveis.
Visivelmente éticos. Produtos de alto status, chiques ou na moda que apresentam sustentabilidade, ética ou saúde visível vão oferecer uma dose instantânea do comportamento. Busque inspiração nos tapetes da Nudie, feitos com jeans reciclados.
Com história. Se um produto ou serviço não for conhecido nem visível, vai precisar de uma boa história livre de culpas, que seu proprietário possa contar aos outros (e impressioná-los).

Atenção: benefícios reais para as pessoas e o planeta são o âmago dos símbolos livres de culpa - e não um papinho de marketing ou brincadeira com as ansiedades das pessoas. Confira os produtos que já estão aplicando o conceito:
Tesla Um símbolo ganha o mundo
O sedã de luxo elétrico Tesla Model S começou a ser exportado para a Noruega, Suíça e Holanda em agosto de 2013, com modelos com a direção do lado direito previstos para março de 2014. Em setembro de 2013, o Model S foi o carro mais vendido na Noruega, onde motoristas de carros elétricos são autorizados a usar faixas de ônibus para evitar congestionamentos. Os preços da linha Model S começam em 62.400 dólares.


Nudie Jeans velhos se transformam em tapetes de edição limitada
Nudie lançou uma linha de tapetes de edição limitada criada por tiras criadas a partir de peças de jeans da marca sueca, de segunda mão ou doadas. Tecidos usando um tear manual, os tapetes foram disponibilizados nas lojas-conceito da Nudie Jeans no mundo todo, pelo preço de 599 dólares.
Liberty United Bijuterias feitas a partir de armas de fogo são um símbolo contra a violência
Liberty United, dos EUA, é uma linha de bijuterias criadas a partir de armas de fogo e balas descartadas. A intenção da marca é ajudar a manter as armas de fogo fora das ruas, trabalhando com governos locais para a obtenção de armas que foram descartadas como materiais de evidência ou recolhidas em programas de compra pública. Elas então são recicladas e transformadas em bijuterias por designers, sendo que cada peça inclui o número de série da arma que foi usada em sua confecção. Os preços variam de 85 a 695 dólares e uma parte dos lucros é doada a ONGs que trabalham para reduzir os crimes cometidos com armas de fogo.
2. PRODUTOS FORMATOS POR MULTIDÕES
A multidão conectada chega à maioridade em 2014. Mais gente vai reunir seus dados, perfis e preferências em grupos (pequenos e grandes) para dar forma a novos bens e serviços.
Por meio de mídias sociais, históricos de internet, comércio eletrônico, listas de leituras/seriados/filmes e músicas, serviços de GPS dos smartphones, além de outras coisas, consumidores conectados estão criando amplos perfis e deixando para trás rastros de dados que dizem respeito a tudo: de suas preferências musicais a seus deslocamentos diários. Até aí, nenhuma novidade. 2014 verá duas certezas:
As tecnologias que facilitam a criação e o compartilhamento passivo dos fluxos de dados que vão se tornar cada vez mais onipresentes (sim, como o Google Glass).

As expectativas dos consumidores se ampliam – mais uma vez – por meio dessa onipresença. Isso significa que o pessoal conectado chegou à maioridade, por meio de novos produtos e serviços adaptados de acordo com as preferências ou comportamentos agregados de grupos (grandes e pequenos) de consumidores, da maneira como são expressados por meio de seus dados. Dois tipos de cases para observar (e aproveitar):
PEQUENO PORTE: Formatação (e reformatação) em tempo real de um serviço, de acordo com as preferências das pessoas em um escritório, em um restaurante, em um avião: em qualquer lugar, neste exato momento.
GRANDE PORTE: Serviços redesenhados a partir da inteligência gerada pelos dados agregados sobre as preferências ou comportamento de grandes números de consumidores. Um próximo passo para o bom e velho crowdsourcing.
Existe a questão delicada da privacidade. Mas faça com que a coleta e o uso dos dados seja transparente, e muita gente vai receber os benefícios de bom grado. Uma alternativa é mergulhar na contra-tendência anti-data, que também está implorando para ser aplicada em 2014.  Confira cases que já aproveitam a tendência:
CheckinDJ : Casas noturnas tocam músicas obtidas por meio de crowdshaping para se adequar aos gostos dos clientes
CheckinDJ é uma espécie de jukebox que organiza listas de músicas para casas noturnas de acordo com o gosto musical dos clientes presentes. Os usuários se registram online ou por meio de um aplicativo e especificam seus gêneros musicais preferidos. Quando vão a um endereço participante, precisam utilizar um aparelho celular com capacidade NFC (Near Field Communication) para fazer o check-in. O playlist da casa noturna, então, se ajusta automaticamente para refletir seus gostos. Indivíduos podem ganhar “pontos de influência” ao sincronizar seu aplicativo com suas redes sociais, e ao fazer o check-in junto a grupos de amigos. A plataforma foi desenvolvida pela Mobile Radicals, do Reino Unido.
Kutsuplus Serviço de mini-ônibus sob demanda calcula a rota mais adequada para quem está a bordo
Depois de um esquema-piloto bem sucedido, a divisão de transportes de Helsinque ampliou seu serviço de mini-ônibus sob demanda Kutsuplus, em outubro de 2013. O serviço permite aos residentes da cidade pedir o serviço de um mini-ônibus usando o celular, escolhendo o ponto de partida e o de chegada. Cada ônibus comporta nove passageiros. Os usuários podem optar por viagem particular ou compartilhada, e o Kutsuplus calcula as rotas mais rápidas para diversas paradas. As corridas custam 3,50 euros, mais 0,45 euros por quilômetro (4,70 / 0,60).
IBM Uso de dados de celular para aprimorar rotas de ônibus na África
Em maio de 2013, o laboratório de pesquisa de Dublin da IBM usou dados de celular para ajudar a retraçar as rotas de ônibus em Abidjan, a maior cidade da Costa do Marfim. Os pesquisadores usaram dados sobre horário e localização – coletados através de ligações e mensagens de texto – para acessar as rotas mais frequentes dos usuários de transporte público, e então as compararam à infraestrutura de transporte público existente. De acordo com os dados, havia 65 melhorias possíveis que podiam reduzir o tempo de deslocamento em 10%.

3. MADE IN CHINA VERDE

Em 2014, as percepções da China darão mais uma guinada importante, na medida em que os consumidores se derem conta de que o país está se transformando, com rapidez, noepicentro de inovações ecológicas.
Essa mudança será impulsionada pelas iniciativas incansáveis e em larga escala da China para tratar de enormes desafios ambientais como energia, transporte, construção e outros (veja alguns exemplos abaixo).
Na verdade, a ideia entre muitos consumidores no mundo todo de que as marcas chinesas ficam para trás no quesito do pensamento ecológico talvez seja uma das últimas grandes vantagens competitivas de que as marcas "ocidentais" ainda desfrutam.
Quando esse preconceito for derrubado, em 2014, uma das últimas barreiras que afasta as marcas chinesas dos consumidores globais cairá por terra. Este é apenas mais um pequeno, porém fundamental, momento no re-mapeamento do consumo global.
Haworth Showroom em Pequim é o primeiro projeto do mundo com certificação LEED
Em outubro de 2013, a fabricante de móveis Haworth anunciou que seu showroom de Pequim tinha sido reconhecido como o primeiro projeto do mundo com certificação "LEED" do novo programa do United States Green Building Council (USGBC – Conselho de Construções Ecológicas dos Estados Unidos). O sistema de avaliaçãoLeadership in Energy and Environmental Design (LEED – Liderança em Design Energético e Ambiental) do USGBC leva em conta as credenciais ecológicas da construção, que incluem locação, performance energética e eficiência no uso de água. O showroom se localiza em Parkview Green e incorpora espaços de trabalho que podem ser reconfigurados, além de iluminação e móveis ecológicos.

Metrô de Pequim Recompensa aos usuários pela reciclagem de garrafas plásticasEm maio de 2013, o Metrô de Pequim introduziu 40 "máquinas de vendas reversas" que permite aos passageiros diminuir o custo das viagens ao reciclar garrafas plásticas. Para cada garrafa de plástico vazia reciclada usando as máquinas, os usuários recebem descontos que vão de CNY 0,05 a 0,10 em seus bilhetes de viagem.
Philips & CEC Iluminação urbana inteligente nas cidades chinesas
A parceria entre a Philips e a China Electronics Corporation (CEC) anunciada em julho de 2013, marcou uma tentativa de desenvolver e implementar iluminação inteligente nas estradas e nas ruas em cidades da China. A associação das duas empresas vai se concentrar em equipamentos com LED e gerenciamento de iluminação, incluindo o CityTouch da Philips, um sistema que funciona pela internet para permitir que a iluminação pública seja usada somente quando é necessária.

Nike Loja em Xangai é feita inteiramente de lixo
Inaugurada em Xangai, em agosto de 2013, a loja-conceito da Nike é toda construída a partir de lixo, incluindo latas de bebidas, garrafas de água e CDs e DVDs velhos. A loja pode ser adaptada a vários layouts para a exibição dos produtos e a construção que não usa cola garante que todos os materiais possam ser reutilizados.
Academia Chinesa de Ciências Janela "inteligente" economiza e armazena energia solar
Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências apresentaram uma janela "inteligente" capaz de economizar e armazenar energia solar. Coberta com uma camada de óxido de vanádio (VO2), sensível à temperatura, a janela regula a quantidade de energia que entra na construção e armazena energia de luz em células fotoelétricas dentro da moldura da janela.

Tianjin Eco-City Cidade com eficiência de recursos dá prioridade a pedestres
Tianjin Eco-City é uma iniciativa de cidade sustentável desenvolvida pelos governos de Cingapura e da China. Localizada a 150 km de Pequim, e com área de 30 km2, a cidade foi feita para ser harmoniosa do ponto de vista social e eficiente no uso de recursos. Pedestres, veículos não motorizados e transporte público são as prioridades, junto com espaços urbanos verdes. Com finalização marcada para 2020, a Cidade Ecológica de Tianjin vai abrigar cerca de 350.000 residentes.
4. BEM-ESTAR TECH 
Em 2014, o interesse dos consumidores por produtos e serviços "Quantified Self" vai continuar a crescer na medida em que relógios inteligentes e outros produtos poderosos de tecnologia para vestir (de preço acessível) chegam ao mercado.

Até agora, boa parte da atenção do setor tem se voltado à saúde física. O próximo passo? Os consumidores vão cada vez mais ver seus smartphones como aparelhos que fornecem assistência total a seu estilo de vida. Técnicas aprimoradas de "auto-tratamento", desenvolvimento em tecnologias de detecção de estresse e a penetração quase total dos smartphones em vários mercados significa que os consumidores vão cair de boca em inovações que ajudem aacompanhar e melhorar o bem-estar mental também. Dois tipos de consumidores que alimentam esta tendência:
- Aqueles para quem a saúde mental (assim como a forma física, o progresso da carreira e as conquistas acadêmicas) é uma nova marca de sucesso, mais uma área em que podem superar seus colegas e amigos.
- Os consumidores sem tempo, com trabalho demais, estressados e tomados pela ansiedade, para quem tais inovações oferecerão o alívio tão necessário das pressões da vida moderna.
E não importa o setor em que você atua, a tendência deve suscitar muita conversa a respeito dos rumos futuros da megatendência de fortalecimento do consumidor e do autosserviço por meio da tecnologia.
Seja lá qual for o desfecho, os consumidores estão apenas uma "app store" de distância de dar um gás em sua felicidade cotidiana. Claro, não estamos sugerindo que essa seja uma solução adequada às necessidades de saúde mental de todos, nem que deve substituir o aconselhamento médico. Confira os produtos que já estão aproveitando esta tendência:

PIP Videogames com sensores de estresse ajudam os jogadores a relaxar
Criado para ajudar os consumidores a diminuírem os níveis de estresse, o PIP é um bio-sensor sem fio desenvolvido na Irlanda que atingiu seu objetivo de financiamento no Kickstarter em julho de 2013. Os usuários seguram o aparelho enquanto estão jogando um game (sincronizado por meio de Bluetooth a um monitor ou smartphone), e ele captura a Reação Galvânica da Pele da ponta dos dedos em tempo real. Para se dar bem em um game de corrida, por exemplo, o jogador precisa estar mais relaxado que seu adversário, já que os personagens reagem de maneira adversa aos sinais de estresse. Os criadores vão lançar um kit de desenvolvimento de software para que terceiros possam desenvolver aplicativos usando o dispositivo.
Shadow Aplicativo permite aos usuários registrar, compartilhar e analisar sonhos
Shadow é um aplicativo que ultrapassou seu objetivo de financiamento no Kickstarter em outubro de 2013. Ele permite aos usuários registrar e se lembrar de seus sonhos, através de um alarme, cujo volume aumenta gradativamente, acordando o usuário com suavidade e aumentando assim as chances de que ele se lembre de seus sonhos. O aplicativo também convida o usuário a gravar seu sonho através de áudio-texto. Já o acompanhamento de padrões de sonho e sono permite a usuários curiosos fazer a conexão entre sua vida do dia a dia e seus hábitos de sonho. Cada registro é salvo em um diário e pode ser carregado na nuvem de forma anônima, para ajudar a criar um banco de dados global de sonhos, que mostra aos usuários o sentimento e o conteúdo dos sonhos de outros participantes espalhados pelo mundo todo.

Melon Faixa inteligente para cabeça acompanha a concentração do usuário
A faixa para cabeça Melon e o aplicativo que a acompanha permitem aos usuários acompanhar, monitorar e compreender sua concentração mental durante uma variedade de atividades. A faixa de cabeça mede a atividade do cérebro usando análise de eletroencefalograma e algoritmos para detectar níveis de atenção e usa os dados para fornecer feedback personalizado. Os usuários podem incluir fatores externos por meio do aplicativo para descobrir quais horários, condições climáticas e ambientes influenciam na sua capacidade de gerar e manter a atenção. A Melon ultrapassou seu objetivo no Kickstarter em junho de 2013 e será entregue aos apoiadores ainda no final deste ano.

Mico Fones de ouvido detectam o humor do usuário e tocam música de acordo com a informação
Desenvolvidos pela marca japonesa de design de produtos Neurowear e apresentados em março de 2013, os fones de ouvido Mico contêm um leitor de eletroencefalograma que se apoia na testa do usuário e é sensível à atividade neural. Os sinais do cérebro permitem ao aparelho detectar o humor do usuário (como "sonolento", "estressado" e "concentrado"), que é mostrado em um display de LED que se acopla à orelha. Os fones transmitem a informação a um celular com o aplicativo Mico, e uma música adequada ao estado de espírito do usuário é selecionada dentro um banco de dados.
5. ANTI-DATA

Oferecer ótimos serviços sem coleta excessiva de dados vai garantir a confiança dos consumidores (e os lucros não vão demorar a vir na sequência)
No ano passado, ao apresentar a mineração de dados, nós avisamos: “A fronteira entre marcas que oferecem serviços válidos (e idealmente quase invisíveis) e aquelas que sufocam consumidores com ofertas agressivas de serviços assustadores é uma linha muito tênue. Sim, compradores gostam de se sentir servidos, mas não querem se sentir observados.”

Bom, como 2013 testemunhou uma enxurrada aparentemente sem fim de marcas que sofreram “quebras de privacidade” e revelaram assim informações sobre os seus consumidores, além das ações que vazaram de uma agência do governo (que provavelmente está lendo isto por cima do seu ombro agora mesmo); hoje não é apenas uma minoria paranóica que está tendo chilique. Destacamos o fato de que dois dos maiores provedores de comunicação criptografada do mundo (Lavabit e Silent Circle) tiveram de encerrar seus serviços de e-mail porque já não se sentiam mais capazes de garantir a privacidade em relação às agências governamentais. Eles (infelizmente) perceberam que, uma vez que os dados eram coletados, estes poderiam ser acessados.
Isto tudo leva a oportunidades em 2014 para marcas anti-dados: marcas que simplesmente oferecem ótimos serviços ao mesmo tempo em que orgulhosamente deixam de coletar dados pessoais (e fazem muito alarde deste fato).
Algumas estatísticas:
82% dos consumidores globais acreditam que as empresas coletam informações demais sobre eles.
(Adobe, junho de 2013)
86% dos usuários de internet dos EUA tentaram remover ou mascarar suas atividades online, apesar de apenas 37% deles acreditarem que é possível permanecer completamente anônimos online.
(Pew Research Center, setembro de 2013)
93% dos usuários de email acreditam que deveria ser possível optar por não ter o conteúdo de suas mensagens escaneadas para oferecimento de propaganda personalizada.
(GfK & Microsoft, novembro de 2013)

O desafio das empresas vai ser encontrar equilíbrio entre os benefícios muito reais da coleta e utilização de dados (recomendações, vendas cruzadas, personalização, renda de anúncios acentuada e mais) e conquistar a confiança de consumidores cada vez mais hackeados.
Por que não colocamos exemplos nesta tendência? Porque simplesmente não encontramos ninguém fazendo isto bem... por enquanto! Então, qual será a grande marca que vai fazer uma promessa central em 2014 e simplesmente oferecer "Ótimo serviço para todos, o tempo todo – sem que você precise compartilhar seus dados"?
6. COISAS QUE CUIDAM DE VOCÊ

Como os objetos conectados vão se centrar nas pessoas em 2014? Na mídia (e em incontáveis laboratórios de inovações por todo o mundo), a Internet das Coisas em 2014 vai continuar tratando das mesmas coisas que em 2013: enormes números e, bem, coisas.
E quando falamos “enormes”, queremos dizer:
A Internet das Coisas vai agregar 1,9 trilhão de dólares de valor econômico à economia global em 2020.
(Gartner, outubro de 2013)
Em 2009, havia 2,5 bilhões de aparelhos conectados, em sua maior parte, eletrônicos pessoais como celulares e PCs. Em 2020, haverá até 30 bilhões de aparelhos conectados, sendo que a maior parte será de produtos.
(Gartner, outubro de 2013)

Mas algo a mais também vai acontecer: você vai ver inovações pipocarem a torto e a direito, centradas ao redor da Internet das Coisas que Cuidam de você.
Tudo que for excepcional que os "objetos conectados" possam fazer pelos consumidores, seja monitorar ou aprimorar a saúde, ajudá-los a economizar dinheiro ou a executar tarefas, será recebido com alegria no ano que vem e nos anos que estão por vir.
Ah, e caso você queira dar início à sua própria tendência, nada o impede de cunhar seus próprios sufixos para a Internet das Coisas em 2014. Internet das Coisas Móveis? Internet das Coisas Seguras? Internet das Coisas Urbanas? Internet das Coisas Adoradas e Caras? O espaço é todo seu!
Xkuty Scooter envia alertas no caso de acidente
Xkuty One é uma motocicleta elétrica inteligente que automaticamente avisa os parentes do motorista no caso de um acidente. Desenvolvido pela Electric Mobility Company, da Espanha, o híbrido de bicicleta e moto inclui um dock para iPhone no guidão. Usando o giroscópio do telefone (que monitora a orientação e a velocidade), o aplicativo do Xkuty é capaz de detectar acidentes e enviar automaticamente notificações sobre localização para contatos selecionados. O Xkuty One é vendido por cerca de 2.800 euros.
OMsignal Camisa com sensor integrado monitora dados médicosA empresa de tecnologia canadense OMsignal anunciou planos de lançar uma camisa de compressão capaz de monitorar os batimentos cardíacos, a respiração e os movimentos de um indivíduo. Sensores embutidos no tecido coletam dados que são então enviados ao celular do usuário, onde podem ser acompanhados e analisados. Totalmente lavável a máquina, a camisa foi desenhada para ser usada por baixo das roupas ou na academia.
Ford Carro "inteligente" inclui monitor de batimentos cardíacos no assento do motoristaEm setembro de 2013, a Ford revelou o S-MAX Concept, um veículo inteligente e multiuso que inclui diversas características que “cuidam” do usuário. O assento do motorista, que contém um monitor cardíaco do tipo ecocardiograma, pode ajudar a prevenir ataques cardíacos no meio do caminho e acidentes subsequentes. Um sistema de monitoramento de glicose a bordo alerta o motorista em relação a níveis perigosos de açúcar no sangue. O veículo é capaz de se comunicar, por meio de wi-fi, com outros carros com equipamento semelhante que estejam a uma curta distância, permitindo que problemas de trânsito sejam transmitidos de um veículo ao outro.
Riddell Insite Capacete de futebol americano contém sensores que alertam os treinadores em caso de traumaEm outubro de 2013, a norte-americana Riddell, que fabrica capacetes de futebol americano, apresentou o Insite Impact Response System. Estes capacetes contêm sensores que enviam um alerta às laterais do campo quando detectam impacto significante. Profissionais médicos treinados podem então avaliar os jogadores em busca de sinais de concussão.
7. CÉREBROS GLOBAIS
Em 2014, a arena de consumo vai ficar ainda mais global, local, plana, cosmopolita e assim por diante. E isso significa que, todos os dias, você pode esperar uma orgia de inovações atraentes para os consumidores, surgindo de todos os cantos do globo.
Por isso, além deste Trend Briefing Mensal, temos o prazer de anunciar os nossos novos Trend Bulletins feitos pela e para Ásia, África e Américas do Sul & Central. Abaixo, apresentamos apenas um punhado das tendências que aparecem exclusivamente nas edições que estão por vir:

Consumidores cívicos: Por que os consumidores das Américas do Sul & Central vão se mexer por mudanças sociais em 2014.
FABA - For Africa, By Africa: Soluções africanas para desafios africanos, feitas do jeito africano.
Consumo da fé: Como práticas centenárias ligadas à fé vão se adaptar para refletir o estilo de vida dos asiáticos de hoje.

FONTE: exame.abril





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