A doença de Alzheimer é uma das que mais debilita seu portador e ainda não é suficientemente conhecida pela ciência para se encontrar uma cura. Mas os caminhos para se desbravar esse mal são abertos continuamente mundo afora. Uma pesquisa de laboratório feita entre institutos de Brasil e Argentina descobriu um composto orgânico capaz de evitar o acúmulo de metais fisiológicos no cérebro, o que pode ajudar a retardar a progressão da doença.
O estudo é fruto da parceria entre o Departamento de Química do Centro Técnico Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e o Instituto de Biologia Molecular e Celular de Rosario, na Argentina.
Nicolás A. Rey, um dos coordenadores da pesquisa, explicou que os testes experimentais comprovaram que o composto hidrazona se mostrou eficaz no seqüestro de biometais como zinco, cobre e ferro da beta-amiloide, uma proteína encontrada em grande quantidade em pacientes com Alzheimer. Essa proteína pode bloquear a sinalização entre as células nas sinapses, que é o primeiro passo para se chegar à perda de neurônios e aos sintomas da doença.
“Os metais que se acumulam na beta-amiloide produzem radicais-livres que atacam os próprios neurônios. O hidrazona tem boa absorção no cérebro, não é tóxico, e seu processo [de produção] é ambientalmente correto e de baixo custo”, disse.
Após testes preliminares em animais, a reação do grupo de controle foi muito positiva, de acordo com os pesquisadores. Os testes devem durar mais um ano e meio e a equipe vai buscar parceiros para a fase de testes farmacológicos na busca por drogas anti-Alzheimer.
FONTE: Agência Gestão CT&I, com informações da Agência Brasil
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