quarta-feira, março 12

"Patrocínio será a principal fonte de renda no esporte até 2016"



É evidente que o marketing esportivo ainda precisa evoluir muito no Brasil. Para isso, entretanto, o mercado precisa de informação, capacitação e profissionalismo. No último final de semana, a Escola de Negócios Trevisan finalizou mais um curso intensivo de Patrocínio Esportivo, com a assinatura do professor Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, a agência de marketing esportivo que mais fecha patrocínios no Brasil na atualidade.  

Muito mais na linha de quem vivencia diariamente o universo dinâmico e predatório do mercado, do que um virtuoso acadêmico que respira teoria, Wolff usa exemplos de seu atribulado dia a dia profissional, conta informações de bastidores sobre as atividades de uma agência especializada em marketing esportivo e utiliza cases nacionais e internacionais para falar dos mais variados assuntos dentro do universo de patrocínio esportivo em suas aulas. “O mercado precisa ter uma percepção clara de todas as ferramentas e plataformas de ativação disponíveis. Durante muito tempo no Brasil, o patrocínio se restringiu apenas à exposição de marca, o que chamo apenas de mídia esportiva e não de marketing esportivo”, afirma Wolff, que também é professor no curso MBA de Marketing da Trevisan.

Para quem acha que o mercado não tem demanda suficiente para o surgimento de agências especializadas, ainda não entendeu o real movimento de crescimento do investimento das empresas no esporte. Tente pensar em alguma grande marca que não tenha qualquer relação com eventos ou atividades esportivas. Difícil, não? Uma agência de marketing esportivo pode auxiliar as marcas, clubes e atletas não apenas no fechamento dos contratos como em todo o processo de parceria, desde as questões burocráticas até a ativação estratégica.

Apesar de uma melhora lentamente gradual, nos últimos anos, o amadorismo ou a falta de conhecimento sobre o patrocínio esportivo, acaba prejudicando parcerias mais sólidas, entregas eficientes e trabalhos mais qualificados. “Aqui no Brasil, em alguns casos, ainda se paga por uma Ferrari, mas a entrega não é a de uma Ferrari. E em alguns casos a culpa não é somente dos clubes, que enxergam o patrocinador apenas como um financiador, mas também das marcas, que às vezes não tem um departamento de marketing estruturado, ou mesmo uma agência de marketing esportivo, para conseguir ativar a marca e explorar todas as propriedades que foram fechadas no contrato”, analisa o professor da Trevisan.

A agência de Wolff ficou reconhecida pela expertise e habilidade em fechar patrocínios pontuais, mas também tem na bagagem alguns cases de casamentos mais duradouros. “O ideal é um patrocínio mais longo, que permita que você crie a associação do atleta ou do clube com a marca e consiga utilizar todas as plataformas de ativação. Já o patrocínio pontual é mais trabalhoso, não permite muitas ativações, o investimento é menor, e não se cria uma associação consistente para as marcas. O que pode definir muitas vezes essa questão é a estratégia do patrocinador e o budget que ele tem em mãos para investir”.

O que se sabe ao certo é que o mercado precisa se preparar, já que uma das principais tendências é que o patrocínio se torne a principal fonte de receita da indústria do esporte até 2016 no Brasil. “O difícil não é fechar patrocínio, mas sim renová-lo e caminhar com esse patrocinador como parceiro. A entrega não pode ser mecânica. Por outro lado, se a marca fizer apenas o convencional, vai correr o sério risco de ser apenas mais uma no mercado”, finaliza Fábio Wolff.


FONTE: Adnews

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