sexta-feira, outubro 18

8 ideias que nunca deveriam ter saído do papel

Uma ideia pode valer milhões, revolucionar a tecnologia ou transformar a vida das pessoas. E pode, simplesmente, virar motivo de piadas. Nem sempre ficam claras as razões que diferenciam um caso de sucesso de um fracasso total antes do lançamento, mas, às vezes, é difícil acreditar que ninguém impediu o desastre anunciado. Conheça 8 ideias que nunca deveriam ter saído do papel:

1. Nintendo Virtual Boy
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Se o objetivo fosse o fracasso, o Nintendo Virtual Boy teria sido um sucesso. O “portátil” – que exigia uma mesa para se jogar – possuía duas telas no formato de um óculos apoiado sobre um tripé, gráficos 3D nada poderosos (em uma tentativa de embarcar na moda da “realidade virtual” que tomava conta da década de 1990), um visor que apresentava apenas duas cores (vermelho e preto, para reduzir custos) e um número limitado de jogos. E fica pior: ainda causava dor de cabeça – a própria Nintendo recomendava um descanso a cada 15 ou 30 minutos, para evitar enxaquecas. Para completar, crianças com menos de 7 anos não podiam jogar, pois havia o risco do aparelho atrapalhar o desenvolvimento dos olhos. Não é a toa que a Nintendo só esperou o fim do estoque para fingir que o produto nunca existiu.

2. Nova Coca
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Em time que está ganhando não se mexe. Em 1985, os responsáveis pelo marketing da Coca-Cola resolveram lançar uma nova versão da bebida. O novo sabor fez sucesso nos testes cegos e a novidade prometia agradar. Só que a recepção real do produto que substituiu o clássico refrigerante não poderia ter sido pior. Os amantes puristas da bebida fizeram reclamações através de telefonemas e cartas e a empresa acabou desistindo da empreitada, voltando com a antiga fórmula para o mercado apenas três meses depois do lançamento do novo sabor. Para contornar a situação, ainda precisaram acrescentar a palavra “classic” às embalagens, assegurando aos consumidores que a versão odiada havia desaparecido de vez.

3. CueCat
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Imagine receber em casa, de graça, um leitor de códigos especiais, que direciona você para uma página da web sem precisar digitar nenhum endereço – um adeus a ~exaustiva~ tarefa de usar o teclado pra escrever www.nomedosite.com. Lançado em 1999, o CueCat era um curioso scanner de códigos de barras que servia para acessar diretamente páginas web ou obter mais informações sobre produtos. Enviado para usuários junto com assinaturas de jornais e revistas, a proposta era que a pessoa conectasse o aparelho ao PC, instalasse o software e utilizasse o produto para acessar o site de anunciantes – para ver mais anúncios. E, sim, ele tinha o formato de um gato. Além de ter sido um fracasso comercial, o produto ainda foi envolvido em polêmica – aparentemente, ele armazenava e compartilhava dados dos usuários desavisados. Por fim, o CueCat saiu de linha definitivamente em 2001. Ufa.

4. Hawaii Hula Chair
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Anda sem tempo para cuidar do corpo? Os criadores da Hawaii Hula Chair garantem que acharam a solução para o problema: é só aproveitar para se exercitar enquanto você trabalha. A cadeira, que tem um assento móvel, permite treinar seu gingado e queimar algumas calorias enquanto trabalha sentado. Uma ideia genial, não fosse a possível dificuldade de se concentrar enquanto rebola. Se quiser testar a belezinha basta investir 250 dólares.

5. Máscara Facial Elétrica Rejuvenique
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O doutor Hannibal Lecter recomenda: para manter uma aparência mais jovem, é só usar a máscara facial elétrica Rejuvenique. Feita de plástico e com 26 pontos de contato banhados a ouro, a máscara emite um pulso que, os anúncios garantem, ajuda a manter a aparência saudável da pele. Adaptável para qualquer rosto, pode ser usada por homens e mulheres de qualquer tamanho ou idade. Do conceito ao visual horripilante, tudo nesta ideia é assustadora. Mas, pelo menos, a bateria de 9 volts já vem incluída.

6. Phone Fingers
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Camisinha para os dedos – é com isso que se parecem os “phone fingers”, capas de látex que foram criadas para ajudar a manter a tela do aparelho celular sem marcas de dedo. #tendência Para saber o tamanho do seu dedo, é só imprimir o modelo que a empresa mantém no site e tirar a prova. Sério.

7. Comfort Wipe
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Com mais de 100 anos de existência, pode-se dizer que o papel higiênico já é um sucesso de público. Tentar derrubar a tradição de uso já estabelecida não é tarefa fácil, mas mesmo assim o pessoal responsável pelo desenvolvimento do Comfort Wipe resolveu arriscar e tentar “melhorar” a experiência de se limpar. O produto consistia em uma haste que funcionava como extensão do braço, evitando que a pessoa tivesse contato direto com a superfície do papel. Antecipando o fracasso, o produto foi descontinuado em 2009, antes mesmo de chegar ao mercado. É mais ou menos como eles dizem no vídeo promocional do produto: é preciso manter a dignidade.

8. Microsoft Bob
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Se você acha que a Microsoft pisa na bola com o Windows, é porque não conhece o Bob. Lançado em 1995 com a proposta de oferecer uma interface mais ~amigável~ aos seus usuários, sua interface simulava um “aconchegante” escritório e vários “ajudantes” estavam a sua disposição caso se perdesse entre o calendário e o bloco de notas. Não precisava nem olhar para o preço altíssimo (mais de 100 dólares) para saber que o Bob passaria longe de um sucesso. Mas pelo menos um legado o sistema deixou para todos nós: foi pensando nele que foi criada a Comic Sans, a fonte que amamos odiar.

Imagens: Divulgação

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