Entenda como uma Governança Corporativa orientada por processos
é importante neste desafio
A internacionalização faz parte do processo de crescimento de muitas empresas estrangeiras e, recentemente, Brasileiras que acompanham o novo cenário mercadológico, seguindo suas demandas e tendências, e que por meio desse processo passam a acirrar sua competitividade com outras empresas de forma globalizada, adotando novas estratégias alinhadas aos processos e à tecnologia. O artigo a seguir, extraído do site da Ratio Management Consulting e escrito por seu sócio-diretor, Edson Leal, fala sobre a importância do alinhamento estratégico entre a governança corporativa e a gestão por processos no desafio corporativo da internacionalização de uma empresa.
“O processo de globalização nas empresas não é mais privilégio das corporações estrangeiras. O Brasil também passa por momento singular. Caminhamos em ritmo mais lento do que o almejado, além de enfrentarmos dificuldades normais para uma nação que ainda engatinha no processo de internacionalização, apesar de termos iniciado esse caminho nos anos 90.
A internacionalização é uma reação natural das companhias brasileiras ante o novo cenário. Para serem competitivas e contra-atacarem a concorrência, as empresas precisam prospectar mercados, conquistá-los e agir de forma globalizada. Esse processo exige competência para operar novos mercados, flexibilidade para entender políticas governamentais e culturas diferenciadas, ferramentas para controlar negócios na capilaridade geográfica e governança corporativa alinhada entre estratégias, processos e tecnologia.
Passada a primeira etapa da internacionalização, que é o estabelecimento em novos mercados, normalmente por aquisições ou fusões, as empresas preocupam-se com a implementação de uma governança corporativa baseada na padronização da operação. A gestão operacional padronizada é decisiva para reagir de forma flexível, rápida e adequada aos desafios nesses novos mercados. Para o sucesso, deve ser prioritário implantar a gestão por processos.
A sequência correta para a gestão por processos – de forma a obter padronização e melhoria operacional desejadas – é entender a estratégia corporativa para cada mercado e produto, avaliando como se executa cada processo em cada unidade. A partir disso, cria-se um modelo futuro unificado com as melhores práticas executadas em cada unidade, que denominaríamos de best in class. Esse modelo estaria alinhado com as estratégias corporativas e contemplaria a melhor forma de execução de cada processo na corporação. Após a criação desse modelo de processos de negócios-padrão, serão necessários o realinhamento da estrutura organizacional e a identificação dos perfis adequados para sua operação.
Por último, precisam ser selecionadas as tecnologias que estariam melhor aderentes e adaptadas para suportar esses processos. Esse conceito deve estar embasado num modelo sustentado para a melhoria continuada, permitindo incorporação das necessidades legais e das variações locais dos requerimentos de negócios do país em que a companhia está estabelecida.
A empresa também precisa estar ciente de que a implementação de governança corporativa orientada a processos provoca uma mudança poderosa nas organizações. Viabiliza novas formas de pensar, fazer negócios e gerenciar, mas também causará uma mudança cultural, que naturalmente exigirá um programa de capacitação de pessoal e quebras de paradigmas. As pessoas são a chave-principal para o sucesso na inovação. Se elas não estiverem alinhadas, capacitadas, motivadas e comprometidas para a mudança, surgirão resistências. E as tecnologias que demandaram grandes investimentos acabarão sendo subutilizados e/ou não trazendo ganhos previstos. Em suma, o projeto corre o risco de fracassar.
O investimento adequado em gestão corporativa por processos, novas tecnologias e, principalmente, um bom programa de gestão de mudança, serão fatores fundamentais para o sucesso no processo de globalização das empresas.”
FONTE: supravizio
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