terça-feira, junho 11

OS ALTOS E BAIXOS DO TRABALHO NO FUTURO


Lynda Gratton, professora da London Business School e membro da Thinkers50 – lista dos profissionais de gestão mais influentes do mundo -, fala sobre os possíveis ups and downs do trabalho no futuro. Confira abaixo os destaques da entrevista dada a Karen Christensen, publicada na Rotman Magazine:

“A melhor forma de imaginar como será o futuro é olhando as tendências. Em nossa pesquisa, eu e meus colegas estamos observando cuidadosamente 32 tendências que cobrem diferentes aspectos sobre como o futuro poderia ser moldado. Além de entender como essas tendências funcionam, é igualmente importante compreender como elas se interrelacionam.”
Lynda Gratton

As 32 tendências estão divididas em cinco grandes forças:
1 – Tecnologia: “A previsão é de que 5 bilhões de pessoas estarão conectadas em 2020. Com as tecnologias se tornando cada vez mais acessíveis, o conhecimento será mais abundante e gratuito e isso terá influência direta no crescimento de um novo pool de talentos.”
2 – Globalização: “Provavelmente o mais importante aqui é o surgimento e ampliação das cadeias de produção e exportação da China, Brasil e India, que estão reescrevendo as regras do comércio internacional.”
3 – Demografia e longevidade: “Uma pergunta interessante que cabe aqui é: qual será o tipo de liderança que surgirá da Geração Y? E as outras gerações? Como serão impactadas pelo uso tão precoce de todas essas tecnologias?”
4 – Sociedade: “As mudanças virão, seria um erro imaginar o contrário com todas essas tecnologias e globalização. Por enquanto, acreditamos que os grupos de trabalho se tornarão mais diversos, que as pessoas passarão a pensar de forma mais profunda sobre o que é importante para elas enquanto indivíduos e a vida que desejam construir.”   
5 – Recursos Energéticos: “Nossa forma de trabalho no futuro está intimamente ligada com o nosso acesso à energia e o impacto que isso tem no meio ambiente. Quando falamos sobre as cinco forças, esta é a que deixa as pessoas se sentirem mais preocupadas – e ao mesmo tempo mais impotentes.”

Pontos negativos
Para Lynda, um aspecto negativo de todo esse cenário é o isolamento gerado pela grande quantidade de trabalho realizado virtualmente. “O que pode estar faltando é a habilidade de aparecer na sala de alguém e dizer ‘olá’ ou de conversar com seus colegas de trabalho.”
Com a globalização do pool de talentos, também será extremamente difícil encontrar emprego para quem não possui educação ou conhecimentos suficientes. “A educação será ainda mais importante no futuro. Os governos devem pensar de forma mais inovadora sobre como irão educar as pessoas.”

As habilidades que serão altamente valorizadas nos próximos 20 anos:

Colaboração sem fronteiras: “é assim que a inovação acontece”.

Capacidade de trabalhar virtualmente: “importante para indivíduos e organizações”.

Criatividade: “será crucial, pois leva à inovação”.

Autenticidade: “em um mundo no qual mais e mais pessoas estão reconhecendo a sua diversidade ao invés de se encaixar em um estereótipo das empresas, há uma oportunidade de ser mais autêntico sobre quem você realmente é”.

Segundo Lynda, todas essas habilidades têm impacto na forma como os indivíduos aprendem: “Uma coisa é certa: as pessoas terão que continuar aprendendo por toda a vida.”

Leia a entrevista na íntegra na Rotman Magazine - Questions for Lynda Gratton.

FONTE: labssj

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