quarta-feira, junho 5

O LÍDER TRANSFORMADOR



O conceito de líder e, consequentemente, liderança, evoluiu muito desde o século passado. Antes, simplesmente significava quem chefiava, guiava, estava à frente. Hoje, porém, tem assumido significados cada vez mais amplos e sofisticados, denotando, senão um herói, alguém que beira a perfeição.


E essa evolução ocorreu até em consequência das alterações no conceito de estratégia ou de uma boa administração, que foi se sofisticando para atender a um mercado cada vez mais complexo, competitivo e exigente.
“Há alguns anos, líderes eram taxados de autocráticos ou participativos, basicamente, por simplicidade ou dada nossa limitada capacidade de distinção. Então, novas percepções nos permitiram classificações como coercitivos, benevolentes. E, pouco tempo depois, como emergentes, situacionais, carismáticos, só para citar alguns poucos, conta Walter Tamaki, sócio consultor da Ventana Capital


Perfil do líder transformador


Este tipo de liderança transforma e transforma os outros. Seu interesse não é o de apenas ser um líder, ele é um ser humano transformador e por isso lidera.
O líder transformador é considerado confiável por seu time, pois o capacita de modo a fazer o que é melhor para sua organização. É inspirador porque ouve todos os pontos de vista, desenvolve a cooperação e atua como um agente de mudança dentro da empresa por meio da criação de um exemplo de como iniciar e programar desafios. Tem influência, estímulo intelectual e incentiva a inovação e criatividade, além disso, é respeitado por todos. Sua liderança é reconhecida também por ser comprometida com a visão da organização, por motivar e ser “alimentadora” do espírito de equipe para atingir as metas de negócio.
Como acontece com qualquer abordagem de liderança, pontos fortes e fraquezas tornam-se evidentes. Os pontos fortes dessa abordagem é que ela efetivamente influencia os colaboradores em todos os níveis e enfatiza seus valores e necessidades. Entretanto, a organização precisa ter cuidado para não encarar a liderança apenas como um traço inerente de personalidade, em detrimento de um comportamento que pode ser desenvolvido.
“Ele sabe e atua de forma a engajar e motivar os colaboradores e não usa da autoridade ou do poder do cargo para alcançar seus objetivos. Ele combina uma série de qualidades essenciais para o negócio. Dessa forma, gera resultados que excedem as expectativas da empresa”, explica Isadora Marques, gerente de pesquisa doLAB SSJ.

Quer ser o líder transformador?


Tornar-se um líder transformador é um processo. Assim, estimular o autoconhecimento é essencial para desenvolver os comportamentos que precisam ser moldados. Nesse sentido, ciclos de feedbacks ajudam a ampliar a percepção de si e do contexto e a experimentação colabora no sentido de exercitar novas condutas, que precisam ser moldadas.
Confira 6 dicas da especialista em liderança Flávia Lippi:

1. Ter uma crença: A crença é um estado mental científico, fruto da convicção a respeito da natureza dos fenômenos psíquicos. Ela pode ser vista como a contrapartida subjetiva da disciplina, da memória e do desejo em adquirir novos conhecimentos;

2. Duvidar: Quanto mais enfatizamos um aspecto em nossa descrição, mais o outro se torna incerto, e a relação precisa entre os dois é dada pelo princípio da incerteza;

3. Ter adaptabilidade: Sair do estabelecido, do conhecido por você, do institucionalizado, rumo ao desconhecido, se adaptando a novos conteúdos;

4. Focar na transformação: Ser capaz de desenvolver-se ou criar o ambiente para o autodesenvolvimento nos domínios intrapessoal, interpessoal e cognitivo, transpessoal, bem como em outras áreas;

5. Respeitar: Ser capaz de lidar com a tensão de questões importantes, mantendo o potencial enérgico para o que não é necessário e entendendo que os componentes do grupo são diferentes um dos outros e que cada um tem sua função;

6. Ter conexão: Confiar profundamente em si mesmo, para navegar através da incerteza, ser capaz de descansar em face da ambiguidade, do desconhecido e de mudanças imprevisíveis sem “forçar” uma resposta ou resolução imediata.


FONTE: Catho

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