sábado, junho 8

MODELO DE NEGÓCIOS: QUANDO E PORQUE MUDAR



Flexibilidade e rapidez para as mudanças são mais que um diferencial para empresas feitas para durar
No início de 2012, assistimos nos noticiários o drama da Kodak, tendo que entrar com pedido de concordata para sanear os seus negócios.
Fatos como esse não são privilégio das pequenas e médias empresas, o que nos dá a certeza de que tamanho, mercado consolidado e um bom modelo de negócios, não são garantias de sobrevivência, e muito menos de sucesso.
Gigantes como a General Motors, Sears e IBM, sofreram de forma semelhante, onde o pecado comum entre elas foi não ter adotado posturas que incentivassem desafiar constantemente os seus modelos de negócios, vis-a-vis possíveis ameaças aos mesmos.
Por outro lado, exemplos como o da Fuji Film que, antecipando o futuro dos filmes fotográficos, aproveitou as suas competências na área química, entrando em negócios como saúde e cosméticos.
Da mesma forma podemos citar a Motorola que migrou de uma empresa fabricante de rádios e televisores para uma de microprocessadores e telefones celulares.
Empresas como a Fuji e a Motorola tinham claramente identificados os fatores que geravam riqueza para seus negócios, o mapeamento de suas competências e, ao mesmo tempo, quais poderiam ser as ameaças aos seus negócios e à riqueza conquistada.
O entendimento dessas competências “core” e de sua proposta de valor, associados com o monitoramento daqueles geradores ou destruidores de riqueza, serão, cada vez mais, fatores críticos de sucesso para quem quiser sobreviver e crescer.
Isso não significa que devemos abandonar a prática do desenvolvimento de planos de negócios, ter claro o modelo que iremos seguir e muito menos o foco e a disciplina, mas sim que devemos aumentar a profundidade de nossa análise, buscando mapear claramente, o maior número possível das variáveis que influenciam a nossa atividade, entender quais são as nossas maiores competências e ter a flexibilidade necessária para mudar.
Aquelas variáveis que podem influenciar as empresas poderão estar associadas a: tecnologia, hábitos de consumo, legislação, concorrência, fornecedores, matéria-prima, entre inúmeras outras.
Olhar para alguns casos do passado também pode nos ajudar muito nessa reflexão e verificar que o que em algumas épocas parecia um cenário distante, materializou-se muito mais rápido do que se pensava.
Aquelas empresas jornalísticas, por exemplo, que no passado se orgulhavam de seus parques industriais e tinham boa parte de seu modelo de lucro baseado no valor de compra do papel, ao entender que as suas competências estavam em geração de conteúdo e informação, não sofreram com a entrada das mídias substitutas como a internet e, ao contrário, conseguiram alavancar os seus negócios a partir dessa inovação tecnológica.
Esse entendimento, a antecipação de tendências a flexibilidade e rapidez para as mudanças serão mais e mais o diferencial das organizações que foram feitas para durar.
 FONTE: Endeavor

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