sexta-feira, junho 14

EMPREENDEDORES ACADÊMICOS E SUAS PARTICULARIDADES



tecnologia pode ser semelhante, mas os problemas diários de uma startup que nasceu nos corredores de uma universidade são diferentes de outra lançada por um empreendedor que saiu deles. Essa é a conclusão do pesquisador e investidor Roman Lubynsky, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que acompanhou o dia a dia de diversos empreendedores que começaram a montar seus projetos em instituições de ensino superior, os empreendedores acadêmicos.
Segundo o Kauffmann Institute, os empreendedores acadêmicos geralmente são pesquisadores, mestrandos, doutorandos e levam cerca de 14 anos para começarem a empreender. A pesquisa de Lubynsky, publicada pelo mesmo instituto, mostra que esses empreendedores geralmente começam com invenções tão imaturas que não são capazes de atingir sucesso comercial. O texto sugere que esse tipo de empresa receba atenção especial das instituições de ensino, pois contém grande potencial tecnológico. O que falta são parâmetros de negócios.
No geral, um acadêmico gera novas tecnologias e as amadurece antes de serem lançadas ao mercado. O grande desafio é chegar a um modelo comercial para o produto embrionário. Já startups tradicionais trabalham com novas formas de usar e combinar tecnologias já existentes.
Essas novas tecnologias levam anos para seu desenvolvimento e se beneficiam dos recursos que só uma instituição de ensino pode prover. Os acadêmicos também são mais receosos de embarcar em uma aventura comercial e têm maiores dificuldades para lidar com a parte empresarial do negócio, como plano de negócios, captação de recursos e definição de mercados.
Para conduzir sua pesquisa, Lubynsky examinou o processo e os desafios de empreendedores acadêmicos, da concepção da ideia até sua execução e comercialização. Ele chegou a algumas particularidades desse tipo de empreendedor:
- Muitos empreendedores acadêmicos iniciam sua empresa enquanto ainda são estudantes da graduação;
- O primeiro desafio destes empreendedores é como explorar e lidar com uma ideia para uma empresa e se vale a pena tentar algo fora do mundo acadêmico;
- A decisão de lançar uma empresa e ter o comprometimento de empreendedor é outra grande barreira;
- Produtos criados em laboratórios universitários muitas vezes são extremamente complexos e ainda estão em fase de pesquisa. Transformá-los em item comercializável pode levar muito tempo e outro dos desafios desses empreendedores;
- As empresas desses acadêmicos precisam descartar o modelo de pesquisa e adotar uma estrutura típica de startup de tecnologia, o que pode ser difícil para pessoas acostumadas com o meio universitário;
- Empreendedores acadêmicos podem ter conflitos com as universidades e outros pesquisadores por conta de direitos de propriedade intelectual, discordância com seus orientadores ou se formarem antes de concluir a empresa. 

FONTE: revistapegn

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