Os acordos incluem módulos de estudo que valem disciplinas em MBAs, intercâmbio de alunos e professores, cooperação e desenvolvimento de projetos de pesquisa. Além de países considerados mais tradicionais na troca de experiências acadêmicas, como os Estados Unidos e integrantes da União Europeia, há novas opções de cursos na Índia, China, Rússia e Coreia do Sul. Para especialistas, os convênios ampliam a área de conhecimento, o networking profissional e as oportunidades de emprego dos alunos.
A BBS Business School, com 250 alunos no Brasil, nasceu de uma parceria com a University of Richmond, nos Estados Unidos. "Esse foi o primeiro passo para que a escola iniciasse suas atividades em 2000, com um MBA executivo na sede, em São Paulo", diz John Schulz, presidente da BBS. Hoje, além de uma unidade própria em Angola, tem acordos com a indiana Jindal Global University e a Universitat Autònoma de Barcelona.
"Os acordos com as instituições estrangeiras aumentaram por conta da demanda dos alunos, que querem agregar um diferencial aos currículos, e pelo reconhecimento das universidades credenciadas", diz Schulz.
No caso da americana Richmond, há intercâmbio dos alunos de lá para a BBS. "Eles visitam o Brasil como parte do trabalho de conclusão do curso e prestam consultoria gratuita para companhias nacionais que querem exportar para os Estados Unidos". A escola estuda novas parcerias com instituições da Europa e Ásia.
Para Álvaro Cyrino, vice-diretor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (Ebape/FGV), com 330 alunos, as alianças além-fronteiras ajudam as instituições a integrar um grupo de elite mundial, na área da educação. O número de acordos da Ebape passou de 26, em 2010, para 50 parcerias, em 2013. A lista inclui a Copenhagen Business School, na Dinamarca, e a americana Cornell University. Em 2014, a meta é expandir os módulos internacionais dos mestrados profissionais.
Na Fundação Dom Cabral (FDC), dos 35 mil executivos capacitados em 2012, mais de 1,4 mil participaram de ações em outros países, segundo Roberto Sagot, diretor de relações internacionais. "Cerca de 10% do faturamento vem de programas estrangeiros".
Atualmente, a FDC mantém cooperação com 15 escolas no exterior. O primeiro compromisso foi assinado em 1976, mesmo ano de fundação da instituição. Mas há alianças que datam da década de 1990, com a escola francesa de negócios Insead e com a Kellogg, nos Estados Unidos. Entre os mais recentes estão tratados com a Esan, no Peru, e a venezuelana Iesa, que vão integrar uma rede de cooperação entre escolas latino-americanas, idealizada pela FDC.
Para Fernando Augusto Trevisan, diretor da Trevisan Escola de Negócios, com três mil alunos, um dos objetivos nos próximos meses é desenvolver conexões com instituições de língua espanhola na América Latina, como alternativa às opções na Europa e Estados Unidos.
Com 36 convênios e prestes a finalizar a assinatura de mais quatro, o Ibmec manda alunos para países como Canadá, Holanda e Israel. "Em 2010, tínhamos apenas 26 acordos com estabelecimentos de fora", diz Fernando Schuler, diretor-geral do Ibmec-Rio de Janeiro. O último contrato foi firmado no mês passado, com a The Hebrew University, de Jerusalém. O plano do Ibmec é atingir 50 convênios até o final de 2013.
Fonte: dce.mre
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